Centenário do Ministro Carlos Coqueijo Torreão da Costa - CGEDM - Coordenadoria de Gestão Documental e Memória
Magistrado com atuação marcante nos anos em que atuou na Justiça do Trabalho, o Excelentíssimo MInistro Carlos Coqueijo Torreão da Costa completaria o seu centenário em janeiro de 2024. Sendo assim, a Coordenadoria de Gestão Documental e Memória do Tribunal Superior do Trabalho (CGEDM-TST) faz um breve apanhado da trajetória desta importante figura para a história da mais alta Corte trabalhista do país, que contribuiu não apenas no campo do direito, como também nos campos da música, da poesia, do teatro, do jornalismo, entre outros.
Carlos Coqueijo Torreão da Costa nasceu em Salvador (BA) em 5 de janeiro de 1924. Filho de músicos, desde criança foi inserido em um contexto de bastante estímulo intelectual, uma vez que os pais costumavam receber em sua casa grandes artistas, músicos, escritores, artistas plásticos e poetas. Graduou-se em 1945 em Direito pela Universidade Federal da Bahia e em Filosofia pela Universidade Católica de Salvador, em 1955. Além disso, estudou violino no Instituto de Música da Bahia e, logo depois, vários outros instrumentos, tornando-se multi-instrumentista.
Como músico, foi parceiro de composição de figuras eminentes. É, por exemplo, o compositor, com Alcyvando Luz, de “É preciso perdoar”, um dos grandes sucessos de João Gilberto, grande expoente da música popular brasileira. Como jornalista e escritor, manteve colunas diárias e semanais no Jornal da Bahia e no Jornal A Tarde, tendo publicado também o livro de crônicas “Mais dias menos dias”, que contou com prefácio do brilhante escritor baiano Jorge Amado, um dos seus grandes amigos pessoais.
Escreveu e dirigiu ainda a peça "Flor" de Vinicius de Moraes e Mello também, apresentada no Teatro Vila Velha, em Salvador (BA). Foi também presidente da Fundação Teatro Castro Alves, levando para apresentações no teatro artistas internacionais como Henry Mancini e Quincy Jones. Exerceu ainda a presidência da Associação Atlética da Bahia, onde realizou concertos de artistas como Vinicius de Moraes, João Gilberto, Silvinha Telles, Nara Leão, Quarteto em Cy, Carlos Lyra, Elis Regina, entre outros. Exerceu ainda a presidência do Clube de Cinema da Bahia.
Como magistrado, foi Juiz do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região, no 1º e 2º graus. Tomou posse como Ministro do Tribunal Superior do Trabalho em 1º de dezembro de 1971. No TST, foi Corregedor-Geral da Justiça do Trabalho no período de 1981 a 1982; Vice-Presidente de 1982 a 1984; e Presidente da Corte no período de 1984 a 1986. Foi ainda Juiz do Tribunal Administrativo da Organização dos Estados Americanos (OEA), com sede em Washington D.C. (EUA) até 1988.
Exerceu ainda o magistério, tendo lecionado Filosofia, Sociologia, Direito do Trabalho, Direito Judiciário do Trabalho, cadeira equivalente a Direito Processual do Trabalho da Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia e da Universidade de Brasília.
Com todo o mérito, Jorge Amado o definia como “o numeroso Coqueijo”. Carlos Coqueijo faleceu em 20 de janeiro de 1988, aos 64 anos, tendo deixado uma contribuição ímpar ao direito, à música e à cultura do país.


Fonte: https://www.jobim.org/jobim/handle/2010/10088

Carlos Coqueijo com o LP de seu parceiro musical e amigo João Gilberto, um dos maiores expoentes da música popular brasileira.
Fonte: https://radiobatuta.ims.com.br/especiais/joao-gilberto-em-casa-de-carlos-coqueijo-28-11-1960
REFERÊNCIAS:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Carlos_Coqueijo
https://www.tst.jus.br/biografia/-/asset_publisher/2PSEeUv0lqi1/content/tst050
https://www.jobim.org/jobim/handle/2010/10088
https://radiobatuta.ims.com.br/especiais/joao-gilberto-em-casa-de-carlos-coqueijo-28-11-1960
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